quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Circo Cyclame (teatro automático)


ZUCA SARDAN & FLORIANO MARTINS | Circo Cyclame (teatro automático)
ARC Edições | Ceará, 2016
Participação especial (posfácio-entrevista) © Kazimir Pierre
Desenhos © Zuca Sardan
Capa, colagens, vinhetas & projeto gráfico © Floriano Martins





Brochura, 176pgs
Formato 14x21 cm
Editoração eletrônica © Márcio Simões
R$ 30,00 (frete nacional simples incluso)






KP | Podemos concluir então que os antigos veios da razão e vontade de representação ocidentais são incomunicantes e sem saída no nível imanente, mas que, no nível transcendente, a hipótese de uma explosão orgiástica tangida pela lira dos 10.000 hymens aventa-se pelo oriente. Ora, se tanto a iconoclastia islâmica quanto a autossuficiência científica são figadais inimigas das velhas fábulas e suas deslumbrantes ilustrações, pergunto se a melhor estratégia de salvação possível passaria pela inflação dos pneus da vida cotidiana com os sete ventos da sabedoria, ficção, poesia, mitologia, romance (ah, sim, o bom Quasímodo), arquitetura…

FM | Mas quem acredita nesse Olimpo que eleges? O dilema maior do mundo não está na fé credenciada, mas antes na relutância em defender o padroeiro existencial de cada um, ou de cada temporada. Entregar-se a um deus qualquer é o mesmo que associar-se a um clube. Garante a espécie que se julga devota de uma razão acima de qualquer suspeita, porém não encontra argumentos para quem a dissocia de seus padroeiros de vivenda. Não, não podemos concluir nada, jamais entendi a pressa em concluir algo. O mundo não cabe no dogma finito da matéria. Acaso teríamos tornado possível o exame de DNA apenas para identificar personagens da ficção semanal? Bem sei que tua indagação infringe as normas físicas, mas entendo onde queres chegar. Os excessos religiosos são uma espécie de dádiva para os excessos políticos, na mesma proporção em que os excessos científicos alimentam a bravata dos excessos artísticos. O homem ferrou a razão, limitando-a a uma fonte de justificativa de seus erros.

ZS | Creio que sim. Nos sete Ventos, temos embrulhadas sete Musas. Faltam duas: sugiro incluirmos a Música e a Dança. Mas faltaria uma terceira, se considerarmos o romance uma faceta da ficção. Pra terceira, proponho a Cola, que nas dobras de sua clâmide, incluiria, além da Colagem Surrealista, também a Cola Criativa de Lyceo; sendo a primeira faceta mais gráfica, e a segunda mais escrita. Mas há uma terceira dobra na clâmide da Cola: é a Arte do Falso. Há falsários vulgares, meros diluidores dos originais. E há os Falsários de Gênio, que reinventam o Artista falseado. Ou seja: ao lado do falso da arte, simples falcatrua, há… a Arte do Falso.

[Kazimir Pierre, fragmento do posfácio-entrevista]



Pedidos para o território nacional através de e-mail a
informando endereço completo para remessa de exemplar e anexando confirmação de depósito no valor de R$ 30,00 (trinta reais) em favor de
FLORIANO BENEVIDES JÚNIOR • Banco BRADESCO
Agência 3456-8 • Conta corrente 17920-5 • CPF 169.613.313-00

Exemplar do livro será postado de imediato, através de frete simples já incluído no valor da aquisição.

Pedidos para o exterior, favor entrar em contato com
reservando exemplar e solicitando maiores informações.



Rua Poeta Sidney Neto 143 Água Fria 60811-480 Fortaleza CE Brasil
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Confissões de um espelho


CRUZEIRO SEIXAS | Confissões de um espelho (correspondência, poemas, desenhos, depoimentos)
ARC Edições | Ceará, 2016
Organização © Floriano Martins
Edição a cargo de Floriano Martins e Leontino Filho
Capa & imagens © Cruzeiro Seixas





Brochura, 188pgs
Formato 14x21 cm
Projeto gráfico © Márcio Simões e Floriano Martins
R$ 45,00 (frete nacional simples incluso)
35 Euros / 40 Dólares (frete internacional simples incluso)






A vasta navegação desse comandante que se conecta ao mundo entre pincéis, tintas e letras, já havia aportado em terras brasileiras, pela vez primeira, no ano de 2005, com Homenagem à realidade, um portentoso trabalho coordenado e organizado pelo poeta Floriano Martins. Agora Floriano Martins revisita, mais uma vez, a genialidade de Cruzeiro Seixas e, revirando os baús do mestre português, destrincha uma a uma as expressões textuais, visíveis, epigramáticas, palpáveis e densamente humanas do artista Cruzeiro Seixas; para tanto imaginar é que surge a segunda peça desse tabuleiro de alumbramentos: Confissões de um espelho.
O livro é dádiva da memória, palavra que pulsa quase simultaneamente numa avalanche de pura poesia. Cruzeiro Seixas, esse homem-galáxia, poeta e pintor de alta linhagem, está desnudo, expresso em surreal tecido de verdades, em Confissões de um espelho, uma verdadeira joia encravada nas faces disfarçadas do real. O livro traz, a tiracolo, cartas de Cruzeiro Seixas destinadas a Floriano Martins, confissões sem meias verdades ou com verdades inteiras, a epistolografia é uma preciosa arte e nas mãos de um artista genial ganha um tal refinamento que vale por si. Na sequência das cartas, os poemas e desenhos: As minhas mãos é que pensam, não eu. Cruzeiro Seixas em sua poética, numa visada crítica, sem submissão alguma, atrela o erudito ao coloquial, de forma enfática, por vezes insólita e enlouquecida, não à toa, ele acentua numa de suas muitas entrevistas que: A vida é, de facto, um escândalo para a razão. Sendo assim, torna-se imprescindível ocupar com destemor os assombros do surrealismo, essa falésia de impertinências e desassombros, essa asa de vontades e infinitudes, esse reino de liberdade na consciência do infinito. Para não ir muito longe, nessas aventuras surreais, novamente Murilo Mendes: O surrealismo, tentando ultrapassar os limites da razão humana, aproxima-se às vezes consideravelmente da mística. Cruzeiro Seixas arremata: Os que querem agarrar com ambas as mãos o IMPOSSÍVEL não se apercebem que o impossível acontece todos os dias.

Leontino Filho




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